|
Catedral Metropolitana |
A chegada à capital da Argentina foi no dia 18 de janeiro, por volta do meio dia. Como chegamos tarde e ainda tinhamos que almoçar, passamos o resto da tarde livre para descansar ou passear pela cidade. Na Capital ficaria até o dia 20. Não lembro onde almocei, mas lembro de ter passeado pela cidade com mais dois amigos, Sandro e Rodrigo, que estavam comigo na viagem. Andamos pela cidade soltos [mas sempre com endereço do hotel e o telefone, além de RG] Batemos várias fotos, inclusive em frente a Catedral Metropolitana, que é a igreja católica e fica localizada no centro da cidade e da
Plaza de Mayo.
A Plaza de Mayo sempre foi o centro da vida política de Buenos Aires. Seu nome comemora a revolução de maio de 1810, quando as colônias da região iniciaram o processo de independência.
|
Casa Rosada |
Em frente a
Plaza de Mayo também está a Casa Rosada que é a sede da presidência da República Argentina. Na Casa também está o Museu do Governo, com material relacionado aos presidentes do país. Naquela época não existia a grade separando o povo da Casa Rosada e era possível fazer brincadeiras com os guardas que não podiam se mexer [estilo guardas londrinos].
Aqui uma foto atual da sede da presidência, que está mais para Salmon do que Rosa.
Ainda à noite, conheci o Tango Casablaca, espetáculo que mais parecia um can-can francês.
Durante o passeio pelo centro da capital entrei na Teleco [Telecomunicações Argentinas] para ligar para o Brasil e falar com meus pais. Naquela época não existia internet [pelo menos para os mortais] então o procedimento era o seguinte: no balcão de atendimento informávamos o número que desejamos ligar, e quando a ligação estivesse disponível você era chamado para umas das muitas cabines que tinha mesa e o telefone. As cabines eram fechadas e acolchoadas, obviamente para abafar o som da sua conversa, que poderia ser de negócios ou particular. No final, pagávamos o total da ligação no caixa. Naquele momento achei fantástico essa tecnologia e ainda guardo o recibo nas minhas relíquias de viagem.
|
Av. 9 de Julho (foto atual) |
Ainda na Argentina, conheci a Avenida 9 de Julho [ou Avenida Nueve de Julio] que é a principal de Buenos Aires. Recebeu esse nome em homenagem a declaração de independência da Argentina em 9 de julho de 1816. A foto da aveinda ao lado é rescente. Nela quase fui atropelado, claro... imaginei que o sinal aberto para pedestres servia para toda a avenida, passou perto da minha viagem terminar mais cedo.
Ainda na Avenida está localizado o Obelisco de Buenos Aires que tem 67 metros de altura, que é o máximo permitido para aquela localização e foi erguido em homenagem ao 4º centenário de fundação da cidade.
Em Buenos Aires passei rapidamente por La Boca, Jardins de Palermo e almocei em La Estancia, churrascaria típica.
|
Bandeira Argentina |
A saída estava programada para o dia 20 de janeiro de 1993 às 12h, então tive a manhã livre e saí para passear com Sandro e Rodrigo. No centro próximo ao Teleco, um rapaz bem "apessoado" vendo que éramos turistas nos convidou a entrar num local que parecia uma Taverna ou um Bar típico. Entramos. Ele nos levou por umas escadarias e chegamos a um bar no subsolo. Sentamos e até aí tudo bem, só que... aparecem duas prostitutas [pelo menos estavam vestidas como tal] e um garçom joga 3 doses de alguma coisa que não pedimos à mesa, ninguém bebeu, nos olhamos um para o outro e nos levantamos para sair. O próprio garçom nos impede de sair e joga um papel com uma conta US$ 100,00, isso mesmo "cem dólares". O papel já estava pronto, golpe! Tentamos nos levantar e éramos impedidos, por mais duas pessoas que apareceram. Tentamos negociar, apenas tentamos, eles não nos deixavam falar, apenas apontavam para a conta e falavam que tínhamos que pagar... Resultado, desembolsamos o valor e fomos "gentilmente" acompanhados para fora do local. Quando estávamos quase na altura da rua, Rodrigo falou alto que iria chamar a polícia, deu merda, um dos caras começou a nos seguir. Fomos seguidos por muito tempo, cerca de uam hora, chegamos até a correr, foi o maior aperreio que passei na vida, e a primeira vez que fui assaltado. Anotação mental: nunca mais entrar em um local que você não sabe o que é, chamado por uma pessoa que você não conhece, numa cidade que você não fala a língua.
Bom, aperreio à parte, voltamos para o hotel ainda em tempo de pegar o ônibus que estava saindo em direção à
Assunción, Paraguai, próxima cidade a ser visitada.